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BEM-VINDO A!

A função logística é, no mundo econômico globalizado em que vivemos, um aspecto fundamental na gestão empresarial. Disso, não há dúvida. Mas também é, se colocarmos uma visão mais ampla, para a sociedade como um todo.

Há muito tempo as empresas sabem a importância da gestão de seu processo logístico e se concentram há anos nos pontos-chave desse processo: entregas rápidas, entregas pontuais, investimento otimizado em capital de giro e custos de processos. É uma perspectiva de excelência muito operacional na qual muitos dos conceitos e abordagens enxutos e afins, têm ajudado infinitamente na melhoria desses pontos-chave.

Agora, a logística nas empresas, e tudo como sociedade como um todo, estamos imersos em um desafio mais amplo: o desafio da SUSTENTABILIDADE com letras maiúsculas.

E não apenas nas dimensões mais conhecidas das dimensões do conceito de sustentabilidade (o ambiental-ecológico), mas em todas as dimensões que são gerenciadas a nível institucional (ONU com seus ODS) ou normativas (com referências de todos os tipos, como a iso conhecida) e que incluem, conforme definido em normas internacionais, oito campos de ação: governança, direitos humanos, sociedade, meio ambiente, práticas justas, relações cliente/consumidor, envolvimento territorial e tecnologia e inovação

O conceito de sustentabilidade está intimamente ligado às noções de "stakeholders" e "desempenho": uma empresa é sustentável se, em seu quadro de análise do desempenho de suas atividades, considerar todos os stakeholders afetados por este último.

Uma parte interessada é uma pessoa, grupo ou organização:

  • Para a qual uma empresa possui responsabilidade legal, financeira ou operacional (empregados, investidores, acionistas, clientes, sindicatos, fornecedores...);
  • Cujos interesses são afetados pela empresa. Podem ser interesses particulares ou interesses coletivos (comunidades locais, associações empresariais, vizinhos...);
  • Que podem exercer influência sobre a empresa (ONGs, instituições internacionais, agências de classificação, mídia, autoridades públicas...).

Avaliar o desempenho de uma empresa pode:

  • Ser puramente econômico, nesse caso o empreendimento deve considerar apenas os agentes diretamente envolvidos em suas atividades: investidores, fornecedores e funcionários, que possibilitem a produção de bens ou serviços destinados aos clientes;
  • Ser global, nesse caso a empresa, além dos quatro atores previamente identificados, também considerará a sociedade civil, o poder público, credores, seu setor empresarial, a mídia e as comunidades locais. Dentro deste perímetro ampliado, a mera dimensão econômica não é mais suficiente; a avaliação de desempenho assume um caráter mais global e social.